quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Reforma Ortográfica

Hoje, finalmente, as novas regras vindas com a Reforma Ortográfica entraram em vigor. Embora tenha demorado quase vinte anos pra se concretizar, há muitas pessoas, inclusive de nome renomado, que ainda duvidam da utilidade dela.

Na minha opinião as críticas a respeito dessa reforma não passam de medo. A afirmações de que o aprendizado da língua vai ficar mais difícil não passam de conversa, só pra polemizar. Não tem motivo pra temer, pois o trema morreu. O uso do hífen vai ficar muito mais simplificado. Quem já deu uma olhada nas novas regras pode constatar isso facilmente.

Apesar dessa reforma ter sido fruto de um acordo que data de 1990, ela causou um enorme susto em muita gente, pensando que a mudança está sendo feita "de uma hora pra outra" e sem nenhuma análise prévia a respeito de impactos consequêntes (sem trema mesmo). Tem professor que desdenha a reforma, quando ela pode trazer benefícios.

Isso é fato ou facto? É ato ou acto? As grafias tradicionais vão se manter intocadas para cada localidade, ninguém será obrigado a escrever como no outro país. O idioma espanhol, por exemplo, tem uma gramática unificada, ele é língua materna de 400 milhões. Não há problema algum em relação a publicação de livros de um país pro outro, o que não acontece entre Brasil e Portugal. Para um estrangeiro aprender português tem que optar em dar ênfase ao português brasileiro ou ao europeu. Essa unificação ajudará nossa língua a obter um status melhor na comunidade internacional.

A adaptação pode demorar e vai demorar, isso é normal, afinal de contas até hoje tem muita gente que escreve "êle" e "govêrno" como há 40 anos atrás. Os textos que não se adaptarem vão ficar com aspecto de coisa velha e desatualizada. Mas é até bom que haja essa polêmica mesmo, para não deixar a mudança passar em branco. Talvez não venha nenhuma benesse imediata, exceto para os cursinhos e as editoras que vão lucrar em cima disso. Mas, a longo prazo, vai valer a pena.

Daqui a alguns anos talvez surja até uma nova expressão: "aquele sujeito é do tempo do trema". Eu não quero ser esse sujeito, você quer?

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