domingo, 21 de dezembro de 2008

Google Chrome

O Google Chrome é um navegador cujo objetivo é reinventar o modo de ver a Web. Hoje os navegadores deixaram de apenas exibir páginas estáticas, para executar aplicativos complexos. Foi com essa idéia fundamental que o Chrome começou a ser desenvolvido. Ele não seria tão somente um browser como os outros que já existem, mas uma plataforma robusta, rápida e segura para desenvolvimento e execução de aplicativos.

A equipe responsável por coordenar o desenvolvimento do software optou em começar do zero, de baixo pra cima. Assim eles teriam mais possibilidades de criar algo novo, sem ser influenciado muito pelo que já existe. Isso é constatado à primeira vista quando abrimos o navegador. Seu visual é bastante diferente do que costumamos ver. Já na parte interna do programa, a equipe optou em incluir dois mecanismos opensource para realizar tarefas específicas. O Webkit fica encarregado do processamento das páginas Web, enquanto o V8 é o motor reponsável em interpretar os códigos Javascript. Com isso a equipe tenta criar um aplicativo que realmente evolua junto com a Internet, possibilitando que a mesma possa galgar mais altos níveis de interação com o usuário e facilitar a vida dos webmasters.

Ao instalarmos e rodarmos o navegador da Google pela primeira vez, notamos novidades evidentes em relação aos browsers anteriores. Sua interface é bem mais limpa e simplificada. Existem apenas alguns botões de controles básicos e uma caixa de endereço multifunção. Não há nela barra de menu. A barra de status somente fica visível quando necessária. As abas se acomodam sobre a barra de título da janela. Essas pequenas modificações no layout do programa possibilitam uma melhor visualização por parte do usuário, porque aumenta a área de exibição de página. Não há necessidade do atalho F11 para maximizar a página web. Essa forma de apresentação do Chrome por si só já representa algo relevante. Os browsers evoluiram muito pouco no quisito apresentação durante os anos. Algumas idéias interessantes vieram com o Firefox e o IE7, mas foram poucas comparadas com o navegador patrocinado pela Google.

O projeto, que agora pretende sair do beta para se tornar aplicativo oficial, prima por três objetivos elementares no mercado de browsers: velocidade, estabilidade e segurança. A rapidez com que o Chrome processa as páginas web vem de seus dois mecanismos de processamento embutidos, o V8 e o Webkit. Ambos são motores otimizados para produzirem respostas mais rápidas. Por serem leves e pequenos são mais fáceis de serer incorporados e mantidos.

A estabilidade é atribuída principalmente pela característica de cada aba ser tratada como uma tarefa separada das outras. Isso quer dizer que cada uma página está sendo executada de forma independente e consumindo recursos que o Chrome reservou para ela. Isso evita que o navegador pare de responder por completo quando uma aba travar. Se isso acontecer, as outras abas que estão sendo usadas para editar um documento on-line ou para acessar uma conta bancária irão continuar funcionando sem nenhuma interferência. Esse recurso interessante pode ser visualizado com o gerenciado de tarefas do Chrome, onde dá pra ver quanto de memória e de tempo de CPU está sendo gasto por cada site aberto.

Outro ponto importante no projeto está a segurança. Como as abas são tratadas independentemente, elas também não têm contato nenhum com as outras. Assim fica difícil haver um programa malicioso querendo acessar o conteúdo que está sendo executado em outra aba -- como um código num site suspeito procurando por uma página de banco aberta em outra aba. Além disso, o browser avisa quando alguma página perigosa está prestes a ser acessada. Ainda outro recurso interessante é poder navegar em modo anônimo e ocultar seu rastro, apagando o histórico de páginas visitadas quando o programa é fechado.

Vamos agora retomar para a parte de interface do browser da Google. A navegação com ele ficou bastante simplificada. A quantidade de controles foi reduzida ao ponto de sobrar apenas o que realmente importa ao usuário. Essa era uma das idéias iniciais do Chrome: ficar invisível. O usutilizador não liga para o programa navegador, pois está interessado em acessar a web. Quanto mais minimalista fosse o visual melhor.

Com isso, uma das coisas interessantes foi que a caixa inserção de endereço ganhou mais funções. Ela serve agora para fazer pesquisas, prever pesquisas, sugerir páginas populares e mostrar links já visitados. Não existe mais barra de menu. Ela foi trocada por um botão de configuração. A barra de status somente aparece quando é interessante que seja exibida alguma informação sobre carregamento. No tocante às abas, elas foram encaixadas em cima da barra de título da página para não desperdiçar nenhum espaço da tela. Cada vez que se abre uma nova aba, são mostrados os screenshots das páginas mais visitadas e dos mecanismos de busca mais usados. Elas também podem ser reordenadas ao gosto do usuário.

Atendendo a exigências de alguns integradores e fabricantes de PCs o Google pretende tirar a etiqueta de "beta" para tornar um programa oficial. A decisão veio após as negociações feitas para incluir o Chrome pré-instalado nos novos PCs que forem vendidos. Essa medida pretende fazer o navegador deslanchar ao colocar nas lojas computadores com o Chrome já instalado e configurado como browser padrão.

Por enquanto apenas sistemas Windows podem rodar o Google Chrome, mas a equipe de desenvolvedores, com ajuda da comunidade open source, já está trabalhando em ports para as plataformas Mac e Linux. Por ter utilizado em parte de seu código, conteúdos escritos sob licenças de software livre, o programa é tem seu código disponível para que outras pessoas modificarem e usarem da maneira que bem entenderem. Foi exatamente assim que a Netscape fez quando do surgimento do projeto Mozilla. Que hoje é Fundação Mozilla e mantém o melhor navegador da atualidade em relação a webstandards, o Firefox.

Para concluir, o Google Chrome pode promover uma revolução na Web. Talvez uma Web 2.1 quem sabe. Pelo menos, os browsers vão ser forçados a acompanhar a evolução dos serviços e aplicativos da Internet. E não o contrário, com os aplicativos sendo puxados pra baixo para obedecer a limitações impostas pelos navegadores. Isso com certeza é bom para quem usa a Internet e para quem produz para a Internet. Sem esquecer dos interesses do Google, é claro.

Um comentário:

  1. eu baixei este troço/nao entendo porra nenhuma de informatica mas me disseram que ninguem usa...de repente para inovar vale a pena.

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