quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

O Consumidor e a Crise Econômica

Esta postagem contém algumas dicas de como o consumidor deve se proteger em época de crise econômica.

Desde setembro de 2008 o mundo vem temendo os efeitos da crise americana. Crise essa que começou no mercado imobiliário, contagiou o mercado financeiro e agora está se alastrando no setor produtivo. Apesar de o Brasil ter se saído relativamente bem em relação à crise (pelo menos o governo acha isso), ela certamente afetará a produção nacional como um todo, bem como prejudicará a oferta de emprego e de crédito a curto prazo. Isso já está começando a acontecer.

Nessa situação de incertezas o melhor é se precaver em relação aos gastos e investimentos pessoais. Vejamos então algumas dicas:

Proteçao do dinheiro. Investir em ouro pode não ser muito favorável, pois o banco que guarda as barras vai cobrar pela custódia para guardá-las. Caso você tenha mil reais, prefira investir numa poupança, onde não há cobrança de taxa de administração nem IR. Caso tenha uma quantia maior, invista em CDB, Certificado de Depósito Bancário, que são títulos de baixo risco e de rentabilidade previsível. Caso tenha um pouquinho mais, os Títulos do Governo também são uma opção.

Financiamentos e empréstimos novos. Evite-os, sobretudo os mais longos. As taxas cobradas neste momento serão as mesmas cobradas durante todo o financiamento. Mesmo que a situação no mercado financeiro melhorem as taxas irão permanecer inalteradas.

Compra de imóveis. Não é uma boa época ainda. Espere a poeira baixar e os bancos diminuirem as taxas cobradas no financiamento de imóveis. Se não for possível evitar, procure financiamentos com taxas que não ultrapassem 1% ao mês.

Compra de carro ou bem de alto valor. O melhor é sempre pagar à vista para obter o melhor desconto. Ou economizar durante alguns meses para juntar um bom valor de entrada. Geralmente são pagos juros muito altos nesses financiamentos. Evite financiamentos acima de 48 meses e com taxas acima de 3% a.m.

Compra de dolar. É aconselhado comprar moeda só se for viajar imediatamente. O ideal é esperar o valor cair, salvo se tiver que quitar dívidas em moeda estrangeira.

Cartão de crédito. Acima de tudo: Evite o cartão de crédito. As taxas cobradas são geralmente absurdas e o consumidor fica mais sujeito às tentações de comprar descontroladamente.

Orçamento doméstico. Faça uma planilha prevendo todos os gastos que você fará durante o mês: os gastos fixos como os de água, luz, e telefone; os gastos exporádicos como IPTU, IPVA, multas etc. Caso não tenha um computador, faça numa folha de caderno mesmo com a ajunda de uma calculadora. Este planejamento de gastos é fundamental para a saúde financeira. Com ele é possível saber como otimizar o uso do dinheiro.

Texto adaptado do jornal Tribuna Bancária, do Sindicato dos Bancários do Ceará, janeiro de 2009.

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