terça-feira, 14 de novembro de 2006

Considerações sobre o saber

O conhecimento profundo de algo em particular não garante sempre a resolução criativa dos problemas. A incompletude do nosso conhecimento nos limita de certa forma na tentativa de compreensão das questões diárias e nas tomadas de atitude dos desafios que surgem. Dominar uma área do saber quer dizer ser especialista em algo. Isso significa que a visão do profissional ou estudioso fica cerceada pelas fronteiras das teorias, dos conceitos, dos paradigmas e dos jargões específicos da área do conhecimento que se detém domínio. Em alguns casos, essa especialização se pode agir semelhante à ignorância ou à regeição daquilo que está fora de sua esfera de estudo e atuação. Em casos mais graves pode significar alienação. Quém não ouviu falar nos especialistas em apertar parafisos? Eles são símbolo da dominação do capital sobre a mão-de-obra operária, desinteressada pelas questões mais relevantes, apolítica... Todo o conhecimento que temos é incompleto. Daí a necessidade de buscá-lo nas mais diversas fontes e maneiras de entender o mundo. Alguns encaram a isso como algo holístico. Acho a busca pelo conhecimento deveria ser assim, holística. Apesar dos conflitos que possam surgir entre concepções, modelos e teorias sobre os problemas da realidade, nós temos o papel de filtrar o que é mais adequado para cada contexto. O conhecimento é útil. De vez em quando nos deparamos com problemas resolvidos de maneira fácil, simplesmente porque acabamos de aprender algo novo que ajudou na solição. O conhecimento é uma ferramenta. Podemos fazer dele nosso "cinto de utilidades". Existem ferramentas conceituais e teóricas de todo o tipo na administração, na engenharia, na economia etc... Por fim, não há nenhum conhecimento que não seja potencialidade.

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